Sem Tabus

Quando o pau sobe e já não dá pra disfarçar

Há um fato incontestável e que nossos olhos sempre vêem e logo a gente sente: o tesão masculino. O homem não consegue disfarçar a vontade que lhe sobressalta e, assim, como quem não quer nada, o bendito aponta para a direção que melhor lhe convém. É aquela coisa de ajeita aqui e ajeita ali para que mais discreto fique e para que a moça não se incomode, sabendo ela que aquele fogo todo não poderia vir de outro lugar que não fosse dos seus contornos, inteligência ou do seu todo deslumbrante. Assim, o pegapacapá se estabelece entre o que vem e o que lá em seu canto está.

Diferente da mulher, o incômodo causado pela saliência proporcionada pelo tesão do homem vai além do que os olhos conseguem perceber. Acho que apenas ele poderia falar perfeitamente sobre o assunto, não é? No entanto, é possível imaginar o constrangimento que isso pode causar a depender do lugar onde estão e da cueca e roupa que estão vestidos. O soteropolitano confirmou

Já rolou comigo, rs. Um pouco constrangedor. Não sei o que a criatura pensou na hora. Foi na faculdade, cheguei pra falar com ela e tal, calça folgada, cueca desarrumada, deu aquela elevada involuntária, fiquei meio sem graça e tentei disfarçar mas acho que ela percebeu.

Além dessas situações, nem venha me dizer que entre um beijo e outro nada lhe futucou por baixo ou que em uma dormidinha com o amigo não houve nada demais porque minha resposta será: É mentira, amiga. Ou então: Esse cara era gay. Sem preconceitos e sem me julgar maliciosa, subir independe da vontade do homem e é a prova de que há algo errado ou simplesmente há tesão mesmo. Este algo errado pode ser uma disfunção erétil que deve ser tratada e que deve ser uma barra e tanto, hein? Quanto à nós,  mulheres, sempre percebemos quando ele se eleva, mas costumamos disfarçar para evitar um clima que talvez venha a constranger os dois. Em outros casos, ele se levantar é a constatação de que a coisa está boa e que pode ficar ainda melhor.

Eu tava na casa dos meus amigos que é um casal, que eu apresentei meu namorado, aí eu tava beijando ele lá no sofá e o negoço subia e eu sentia. Eu olhei assim e via. Como eu tava com vergonha e ele também. Eu deitei com a cabeça em cima pra ninguém ver. Aí meus amigos saíram e falaram pra gente ficar a vontade, a gente foi pro quarto deles e lá rolou de tudo – relatou uma maranhense.

Além desta musa, uma outra do interior da Bahia também nos contou sua história.

Quando eu trabalhava na prefeitura aqui, eu ia muito no setor de compras, e o chefe toda vez que eu entrava na sala ficava de pau duro. Eu fazia o q tinha de fazer na sala o mais rápido, pq eu nao conseguia disfarçar e olhava toda hora. Kkkkk. Eu ja ficava sem graça de ir. Depois acabei ficando com ele varias vezes. Kkkk.

Diferente do caso delas, alguns ficam apenas no constrangimento porque ambos podem não ter relação alguma um com outro e isso pode até soar ofensivo para a moça em questão. Já me aconteceu, por exemplo, de pegar o ônibus e – como ele estava lotado – tive que ficar em pé. O cara atrás deu uma roçada no balanço do transporte e o pau duro tocou em mim. Pensa no nojo que eu senti! Achei aquilo ofensivo, tentei ao máximo me afastar e o ônibus o deixou logo no ponto, ainda bem. Para finalizar e quem sabe rolar uma identificação contigo, seja homem ou mulher, veja o que esta outra musa da Bahia nos falou.

Estava ficando com um rapaz em um bloco de carnaval. Estávamos dançando bem juntinhos, minhas penas acabaram fazendo uma carícia no pinto dele…rsrs. De repente o cara ficou excitado e sem graça. Tadinho! Deu uma desculpa e foi embora kkkkk

Assim como ele e elas, não nos faltam histórias sobre o assunto. As mulheres, ainda bem, são mais discretas neste quesito e as coisitas entre as pernas apenas molham ou se encharcam – mas só a gente que sente. Antes de finalizar o texto, existe uma frase que nunca perde a sua majestade – Eu te amo pode ser falso. Mas um pau duro, jamais. Este enunciado circula por aí porque ele se levanta, na maioria dos casos, por causa dessa latência de vontades. Você também quer nos contar a sua história? Você tem uma disfunção e quer conversar a respeito? Compartilha com a gente, vai!

Jornalista. Baiana. Leonina. Feminista preta. Apaixonada por tudo o que diz respeito a sexo e sexualidade. Palavras e fotografias são suas taras.

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