Contos Hot

Molhada no Mar

Eu estava livremente decidida a passar minhas férias sozinha porque é maravilhoso experimentar a minha vida e a minha própria companhia. Já não faz mais sentido para mim esperar de outras pessoas uma viagem inesquecível, inesquecível mesmo é poder viver e experimentar tudo. Eu sei exatamente qual o tipo de viagem que mais me atrai e é exatamente por isso que eu não preciso mais esperar pelas pessoas, as respostas para o que eu preciso moram dentro de mim.

Então eu reservei o hotel mais aconchegante, bem na beira do mar, onde eu pudesse dormir tranquilamente e ouvir as ondas enquanto descanso e escrevo. Juro que não estava em busca de grandes novidades, queria apenas me conectar com a imensidão do mundo, e mais uma vez me dá conta de que a vida é bonita e surpreendente, nas coisas mais simples.

Comprei as passagens, reservei o hotel, e fui. Chegando lá me surpreendi porque logo abaixo de quarto que escolhi havia um restaurante todo feito de madeira, com várias cadeiras confortáveis e um cheiro delicioso que vinha da cozinha.

Subi com minha mala até o quarto e fiquei extasiada com a vista da janela, dava acesso ao mar azul e a mata atlântica verde, havia uma rede na varanda e o chão era todo de madeira. Era aproximadamente 16h quando tomei banho e decidi descer para a praia. Fiquei alguns minutos decidindo qual biquíni usar, então decidir usar o branco, pequeno e que amarra dos lados com uma minissaia e desci para a praia com um livro na mão.

Quando eu desci as escadas do quarto em direção ao restaurante do hotel tudo estava silencioso e parado, quase não havia pessoas ali, mas notei que enquanto eu descia as escadas, esfregando vagarosamente uma perna na outra, um olhar curioso me acompanhava. Ele estava no restaurante só, e ficou me olhando, até o momento que parei na praia.
Estiquei minha canga, tirei minha roupa e consertei o biquíni para que ele ficasse exatamente na marquinha que eu já tenho, enquanto eu consertava devagarinho a parte de baixo do biquíni, vi que o rapaz estava na janela do restaurante e olhava em minha direção. Simplesmente ignorei o fato e voltei a ler o meu livro.

Não demorou muito para que eu percebesse que alguém se aproximava, era ele. Sentou-se um pouco distante, atrás de mim. O lugar que ele escolheu para sentar era exatamente na direção da minha bunda, e eu me questionei se teria sido proposital ou uma mera coincidência, mas ironicamente eu não me incomodei, eu estava inteiramente sexy com aquele biquíni branco e pequeno, e ele, indiscutivelmente, não parava de me olhar.

O sol já estava se pondo, e o céu parecia uma pintura colorida ao entardecer. Por algum momento esqueci-me de tudo que estava ao meu redor e me fixei no balançar das ondas que beijavam o céu colorido. Já estava anoitecendo quando decidi voltar para o hotel, a praia estava completamente deserta, e quando me dei conta, o rapaz que sentava atrás de mim não estava mais lá, eu estava completamente só e completamente grata por aquele fim de tarde mágico.
Voltei ao hotel e antes de subir para o quarto, eu olhei rapidamente o cardápio e fiz o pedido ao garçom. Estava com muita fome e também muito cansada. Subi as escadas em direção ao quarto e percebi que a porta do quarto ao lado do meu estava entreaberta, parecia que havia chegado algum hóspede novo ali. Deitei na cama e dava para ver pela janela várias estrelas no céu, cochilei. Fui acordada com o telefone do quarto tocando, era o garçom avisando que o jantar estava pronto, só tomei um banho e desci.

Mais uma vez o restaurante estava vazio, eu sentada numa mesa, mais dois casais em mesas diferentes, uma senhora que parecia já estar de saída. Sentado numa mesa próxima a minha estava o rapaz que me olhava na praia! Ele tinha um jeito misterioso e calado, uma barba grande, e uma maneira informal e solta de se mover. Eu percebia que ele continuava me olhando e me questionava o motivo pelo qual ele ainda não havia se levantado da mesa e vindo à minha direção. Afinal, porque ele me olhava? Ele terminou de comer e saiu do restaurante para fumar um cigarro, e dessa vez a cena se inverteu. Eu sentei num banco atrás dele e comecei a admirá-lo.

Ele fumava o seu cigarro distraído e livre. Comecei a me questionar o que ele fazia ali sozinho, por que também viajava só, e porque parecia tão sereno fumando o seu cigarro numa noite fria de verão, enquanto a lua passeava no céu estrelado.

Antes que ele percebesse que eu o observava, eu subi para o quarto e fiquei da janelo olhando-o de cima. Ele terminou de fumar e subiu em direção ao meu quarto, descobri que o quarto ocupado ao lado do meu, era o dele, tive uma ideia interessante.

Esperei ele subir as escadas e então sorri em sua direção, ele não sorriu de volta, mas me olhou de um jeito que parecia saber o que queria.
– Eu estava te olhando hoje a tarde na praia tomando sol de biquíni branco, qual seu nome? – Falou se aproximando para me dá um beijo no rosto.
– Me chamo Estrela, prazer – sorri envergonhada –
A voz dele era grossa e bonita, ele tinha um jeito sério e seguro de falar, e eu me interessei por ele desde a primeira palavra que disse.
– O que você vai fazer hoje a noite? – Perguntou.
– Nada, eu estou muito cansada, quero dormir.
– Vamos sair pra beber algo juntos.

Eu estava muito cansada mesmo, mas não tinha como não aceitar a companhia dele. Ele era sedutor nas palavras, no olhar e no jeito.
– Pode ser – respondi – mas prefiro que seja aqui no quarto, é mais confortável.
Entramos no meu quarto e decidimos beber vinho, ele ligou para fazer o pedido. Conversamos durante muito tempo sobre muita coisa, eu descobri que ele era psiquiatra, e fiquei imaginando que caso eu fosse sua paciente, com certeza eu não conseguiria prestar atenção na consulta. E ficaria olhando para ele, e imaginando fazendo várias coisas. Pedro me contou várias histórias dos seus pacientes, mas eu estava impaciente para tirar a roupa dele. Eu estava completamente vidrada na ideia de ser examinada por ele, ele tinha mãos grossas, e eu ficava imaginando aquelas mãos pegando em mim, subindo pelas minhas pernas.

Comecei a passar a mão nos meus cabelos e deixei a alcinha da minha blusa cair para o lado, olhava para ele de baixo para cima, implorando que ele começasse a me beijar. Só de pensar nele tirando a minha roupa, eu já estava arrepiada, com certeza durante a nossa conversa, a minha feição mudou, eu não estava mais prestando atenção no que ele dizia, eu olhava para sua boca, seu corpo e suas mãos, dando um sorrisinho de canto.

Fui encostando a minha boca perto da dele, e sorri descaradamente, quase pedindo para que ele me arrancasse toda a roupa. Ele rapidamente não hesitou em me apertar contra a parede do quarto, e eu fiquei completamente louca! “Que vontade de ficar nua” – eu pensei -, passei a mão pelo seu short e senti algo grande, minha boca encheu d’água e não quis resistir, ele conduzia o meu corpo de uma maneira excitante, perdi completamente a noção de tempo com o seu beijo.

Ele tinha um cheiro gostoso, o corpo era delicioso e rijo, umas mãos fortes, um olhar excitante de quem me queria toda. No meio do beijo, eu o afastei de mim, porque eu estava com muito calor e caminhei em direção á janela do quarto que dava acesso ao mar. Daquela janela a noite soprava um vento fresco, e começamos a nos beijar novamente.

Enquanto nos beijávamos percebi que ele ficava louco, que sua respiração estava ofegante e pude sentir o tamanho do seu pau encostando-se a mim. Ele me apertava forte contra a parede e nós mais uma vez ficávamos completamente molhados de suor. A madrugada passava rápida e silenciosa, apenas os nossos suspiros movimentavam a noite que ia embora. Num rápido desvio de olhar pela janela me dei conta de que havia uma escada na área da frente do quarto que dava acesso à praia.

Puxei a sua mão, guiando-o para a praia. Enquanto descíamos as escadas, ele parou bruscamente e começou a me apertar, desceu vagarosamente as alcinhas da minha blusa, e beijou os meus peitos, eu gemia baixinho no seu ouvido pedindo para que não parasse, repentinamente, eu o olhei nos olhos, peguei a sua mão e coloquei entre as minhas pernas, eu estava toda molhada, então falei baixinho no seu ouvido:
– Quero você…

Chegamos até a areia da praia completamente inteiros um para o outro…

De algum lugar do Brasil e, é claro, com bastante tesão.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *