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No escurinho do cinema

Foi em uma manhã de sábado que nos encontramos pela primeira vez em um estacionamento do shopping.

A harmonia da sua boca carnuda e avermelhada com seus olhos cor de mel chamava minha atenção. Era impossível não seguir com o olhar aquele presente dos Deuses cor de jambo de mais ou menos 1,80 m de altura, vestido com um terno slim que desenhava detalhadamente o que ele tinha de mais desejado.

Ao passar por mim, educadamente me deu um bom dia com voz baixa e olhando fixo nos meus olhos (impossível esquecer).

Então, cada um foi para seu destino e eu ilusoriamente acreditei nunca mais vez aquele homem que, por um segundo, atrevidamente me deixou molhada sem me tocar.

Ao passar alguns dias, no meio de uma semana no final de um dia de trabalho, resolvi ir sozinha ao cinema para relaxar. Ao entrar no cinema e me acomodar, percebi que não tinha ninguém do meu lado até porque era meio de semana e normalmente poucas pessoas frequentavam aquele espaço.

Depois de alguns minutos, pra surpresa minha, alguém senta ao meu lado e estava tão perfumado que não consegui disfarçar a minha curiosidade pra saber quem era.

– Ahhhh!!!! Não pode ser.

Entre uma claridade e outra, descobri que felizmente o universo tinha me proporcionado uma boa companhia para aquela noite.

– Boa Noite! Tudo bem? Foi a única coisa dita por ele enquanto estávamos ali dentro.

Em certo momento, as cenas do filme começaram a ficar mais interessantes e consideravelmente picantes.

Foi então que, muito discretamente senti sua mão quente encostar-se ao meu braço, como quem faz carinho querendo criar memórias das suas digitais.

Sua mão escorrega vagarosamente, encontrando assim com a minha. Naquele momento, os nossos olhos já estavam fixos um no outro, nossas bocas já se desejavam e os nossos dedos trocavam silenciosos carinhos.

Sem nenhuma permissão verbal, ele discretamente encosta seus lábios no meu, sinto sua respiração ofegando e aproveito para conduzir sua mão ao meio das minhas pernas.

Naquele momento, tudo fazia sentido: o escuro do lugar, as cadeiras na sua maioria vazia e nós dois intensamente ligados em uma sintonia de prazer silenciosamente ensurdecedora.

Ele me toca, como quem desbrava um território sagrado, com calma, delicadamente dando atenção a cada detalhe e cada movimento do meu corpo.

Nossa respiração cada vez mais profunda enquanto nossas línguas conversam entre si.

Sinto algo quente escorrer de mim em seus dedos. Ele sorri, retira a mão de dentro da minha calcinha e coloca entre minha boca e a dele. Com um sorriso safado, me convida a chupar seus dedos junto com ele.

E é nesse momento, enquanto chupamos os dedos lambuzados do meu mel, busco em sua calça o que eu tanto desejava: seu membro duro, rígido e latejando.

Ele mais uma vez me olha e sorri.

Olha ao redor e ninguém nos nota. assim, ele dá a ordem sussurrando em meu ouvido:

– Ajoelhe, vadia, e me faça gozar em sua boca.

Dada a ordem, discretamente me ajoelhei e, olhando fixamente pra ele, comecei a massagear seu membro e me deliciar com aquela cabeça latejante.

Como era bom ver aquele homem, que eu nem sabia o nome, se contorcer naquela cadeira de prazer. Ele puxava meus cabelos como forma de extravasar o que estava sentindo já que não podia gritar.

Em cada vai e vem, cada socada em minha garganta, cada vez que descaradamente eu chupava seus testículos e olhava pra ele, ouvia seus lábios sussurrarem palavrões um mais obsceno que o outro, me fazendo assim sentir a verdadeira puta desejada.

Foi então que ele me pegou pelo pescoço e, em uma socada sem pena na minha garganta, derramou seu leitinho quentinho, olhando nos meus olhos.

Ao beber todo aquele leitinho e já toda melada de tanto prazer, sentei ao seu lado discretamente.

Passado alguns minutos antes do filme acabar, ele me beijou, levantou e foi embora.

Nunca mais o vi, não sei seu nome nem tão pouco onde vive. Mas tenho registrado na memória de minha pele, a delícia de seus toques e, na minha boca, o sabor do seu prazer.

Assinado, Pandora.

De algum lugar do Brasil e, é claro, com bastante tesão.

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