Uma música, uma bem dada.
Aquela canção era a que tocava enquanto conhecíamos nossos corpos e, intimamente, deixávamos desfrutar dos sabores que ambos possuíam. Falar em sexo e aliá-la à música é o que há de mais saboroso quando a transa é realizada com alguém que se sente muito tesão ou se tem algum envolvimento. Naquele momento de máxima intimidade, a sensação é de estar vivenciando uma cena de cinema na qual a música seja a trilha sonora daquele instante. Tudo, então, fica mais bonito de se sentir e não é a toa que o clima se romantiza em segundos sem necessidade de velas e quetais.
Anos 70 e 80 foram as épocas do romantismo, nos quais as músicas internacionais dominaram e até hoje dominam os quartos de motel e as transas planejadas. Quem nunca caiu numa cama redonda ouvindo Roxette e Escorpions? Diz aí! E depois olhou para aquele espelho enorme enquanto ia de um lado a outro e ouvia I’ll Stand by you? Além do mais, as cenas de filmes e até de novela, mexem e remexem com nosso imaginário. Queremos nos sentir atores hollywoodianos em um sexo sem precedentes.
Quem nunca se imaginou naquela cena de 9 Semanas e meia de amor? Eu mesma já me imaginei toda lambuzada, lambida, mordiscada e, inclusive, já tentei reproduzir a cena na cozinha com tudo o que tenho direito! Loucura? Claro que não! Apenas um desses desejos por sexo que vão além da esfera do cotidiano. Ah, e como não poderia faltar: a música, pois é ela que nos transporta para além do simples corpo físico que se pega, se joga e se devora.
Que sejamos criativos em nossa playlist e façamos das nossas entregas não somente corpo, mas alma! E que romantismo não seja sinal de sexo leve, mas de selvageria! Somos leoas e leões, não gatinhos e inhas!
Lu Rosário
Jornalista. Baiana. Leonina. Feminista preta. Apaixonada por tudo o que diz respeito a sexo e sexualidade. Palavras e fotografias são suas taras.