Sem Tabus

Uma introdução ao mundo dos vinhos com a sommelière Aline Oliveira

Pela primeira vez, eu me encontrei em uma introdução sobre vinhos. Cuidado, arte, poesia: essas três palavras definem o que representa a produção de um vinho. Foi deste modo que todo o encantamento veio a mim ao saber um pouco do seu processo até chegar às prateleiras. E, então, eu descobri que existem vinhos que tem passagem por barrica ou que, simplesmente, são feitos para serem bebidos logo. Os vinhos, assinados como clássicos, por exemplo, devem ser consumidos assim que abertos. Já aqueles marcados como reservados, nem escolho mais: já descobri que é porque o vinho não é lá essas coisas.

Esse mundo dos vinhos começou a me ser desvendado com a ajuda de Aline Oliveira. Esta linda é uma sommelière em formação na Faculdade Ruy Barbosa DeVry Universiy, em Salvador. Residente em Vitória da Conquista, na Bahia, pretende trazer essa atmosfera encantadora por meio de cursos, treinamentos ou degustação. A gente, é claro, adora essas possibilidades!

 

O encontro foi realizado na livraria Nobel em Vitória da Conquista. Além de livraria, o espaço possui uma agência de turismo, uma locadora de carros e, também, uma adega linda e aconchegante – como vêem na imagem abaixo. Neste espaço, você encontra bons vinhos e bons preços também!

Adega da Nobel, a maior rede de livrarias do Brasil, cuja filial fotografa é em Vitória da Conquista – BA.

 

Com uma decoração clássica, deparamo-nos com três taças e pães. Cada taça tem um significado no mundo dos vinhos. Para a mais estreita e comprida, o espumante ou champagne. Para vinhos, as taças mais largas e com bocas mais fechadas. Para água, taças abertas. A cada taça de vinho, duas taças de água a fim de evitar a embriaguez – sempre bom lembrar. Os significados de cada taça estão no respirar da bebida, na saída do gás carbônico enquanto este dura na taça (no caso do espumante/champagne) e por aí vai. Em outras palavras, tê-los na taça errada pode afetar em seu sabor e aroma.

A Sommelier Aline Oliveira servindo os convidados.

 

Os espumantes, diferente do que acreditamos, não se diferem do champagne a não ser pela região em que este último foi produzido. Eles possuem um processo bastante cuidadoso de produção e possuem gás carbônico. O seu sabor é leve e a sua cor bem clarinha. Uma delícia!

Infelizmente, na foto não percebemos o borbulhar do espumante. Mas ele está esplêndido e é uma delícia.

 

Em relação ao vinho branco, lembro-me muito pouco – confesso. Porém, preciso lhes falar que, antes de provarmos, ela nos perguntou qual cheiro sentíamos. Senti cheiro de maçã, mas teve quem sentisse cheiro de abacaxi ou até mesmo de giz de cera. O sabor? O mesmo do aroma. Esse sabor relacionado à nossa memória afetiva é bastante interessante.

Um vinho branco geladinho e, para mim, um sabor de maçã tentador.

 

O vinho rosé tem um sabor especial: um pouco de tanino e um adocicado. O tanino é nossa sensação de adstringência na boca, ou seja, aquele ressecar, aquela secura e puxadinha que sentimos quando o ingerimos. Nosso paladar não está acostumado e, por isso, acabamos negando em detrimento do puramente adocicado. Porém, este vinho estava muito gostoso, não resisti e fotografei a garrafa para quem quiser experimentar também!

A cor dele é mais forte devido a casca da uva e é esta, inclusive, que proporciona o tanino.

 

Existem mais de 2 mil tipos de uvas. A uva que uma participante mais ressaltou como deliciosa foi a cabernet. A sommelière Aline Oliveira concordou que o vinho proveniente desta uva realmente é muito bom. A partir deste então, lembro-me da harmonização do vinho no que concerne ao que iremos comer. Quaisquer pratos combinam com vinhos, só precisamos conhecer ou contratar os serviços de uma sommelière para saber qual o vinho ideal.

Um vinho mais encorpado: o famoso vinho tinto. Nada de pérgola que, inclusive, não é considerado vinho porque é produzido com uvas americanas – diferente das uvas adequadas para a produção do verdadeiro vinho.

 

Uva, terra, homem. Temperatura, estação. Para um vinho conforme o planejado, há uma série de cuidados necessários. O seu armazenamento também representa muito e pode mudar o seu sabor. Quem acompanha todas as etapas até que ele seja engarrafado e vá para as prateleiras é o enólogo. Alguns vinhos, inclusive, possuem o seu nome no rótulo por ter sido ele o responsável pela sua criação. Já o sommelier é o especialista que possui um conhecimento mais aprofundado e pode trabalhar em quaisquer lugares em que o vinho esteja presente e seja servido.

 

Eu, Lu Rosário, com a Sommeliere Aline Oliveira.

 

Após essa breve abordagem sobre o encontro de ontem, estarei aguardando os próximos e agora já sei um pouquinho sobre as gafes que eu sempre cometia quando comprava e bebia algum vinho. Eu nunca havia dado uma dentro. Ah, e nada disso de achar que quanto mais velho for o vinho, melhor. O vinho tem prazo de validade e, se ultrapassado, perde a sua essência – sabor e aroma. Ui, to me achando!

Para ter o contato com Aline Oliveira, acesse o seu site. Além do seu endereço virtual, você encontra seus textos no blog do Rodrigo Ferraz e no Jornal do Sudoeste. Vale a pena acessar, ler e conhecê-la. Além de linda e inteligente, passa tudo com muita simplicidade. De agora em diante, para me deixar mais inspirada, traga-me um vinho!

Jornalista. Baiana. Leonina. Feminista preta. Apaixonada por tudo o que diz respeito a sexo e sexualidade. Palavras e fotografias são suas taras.

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