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Lovelace, um drama real.

Na década de 70, Linda Lovelace foi um destaque na indústria pornô. Com o filme “Garganta Profunda”, ela se tornou um e foi considerada aquela que propiciou a revolução sexual na época. Este filme que ela protagonizou foi um dos primeiros filmes a ter trama, desenvolvimento de personagens e valores altos de produção. Após ele, a cultura sexual dos Estados Unidos e a sua política foram influenciadas. O que Linda Lovelace fazia bem perante todos aqueles que investiam nela era justamente o sexo oral até as últimas consequências, independente do tamanho do pênis que lhe era colocado.

Entretanto, a história não era apenas de sucesso e não era ela quem queria viver tudo isso, inclusive o filme rendeu aos seus produtores 600 milhões de dólares aos seus produtores, mas ela só recebeu 1250 dólares do seu ex-marido que – no momento – era quem estava com ela e era seu empresário. Como assim? Em 1980, Linda lançou uma autobiografia em que revelava ter sido vítima de estupro, violência, prostituição e também pornografia. 

 

 

Seu ex-marido já tinha um histórico no mundo da prostituição e, para lucrar, resolveu inseri-la no meio pornográfico. Vítima de constrangimentos e ameaças, ela sofreu. Além de um marido agressor, teve uma família omissa. Seu término foi surpreendente porque Linda conseguiu libertar-se dele, casar, ter filhos e lutar contra a indústria pornográfica e a violência doméstica. Apesar de falecer bastante nova, ela nos deixou sua história de vida e um livro autobiográfico – que vou procurar para ler, pois fiquei bem interessada em conhecer mais sobre ela.

 

 

Na imagem acima, temos a Linda Lovelace real. No filme, quem fez o seu papel foi a atriz Amanda Seyfried. O filme foi dirigido por Rob Epstein e Jeffrey Friedman. Seu lançamento foi em 2013 e ele se encontra na Netflix. Garanto que vale a pena assistir!

Jornalista. Baiana. Leonina. Feminista preta. Apaixonada por tudo o que diz respeito a sexo e sexualidade. Palavras e fotografias são suas taras.

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