Dia dos Namorados, mulher preta e a celebração do amor próprio
No Dia dos Namorados, eu estava pensando quantas vezes comemorei esta data (ainda que eu não seja muito fã de celebrações como esta). Fiquei refletindo quantas vezes eu troquei presentes, jantei fora ou simplesmente compartilhei o amor em um data como essa. Em meus 35 anos, não me lembro de uma única vez que isso tenha acontecido e, se eu estiver enganada, certamente não foi marcante em nada porque se esvaiu em meu pensamento.
Pensar nisso é constatar, mais uma vez, a existência da solidão da mulher preta. Não, o problema não está em mim. Eu só tive certeza disso quando, em uma publicação sobre o assunto, muitas mulheres pretas me responderam abordando o mesmo sentimento e contando suas histórias – todas muitas parecidas, todas convergindo para o mesmo ponto.
Hoje eu comemoro o meu amor próprio, a minha liberdade sexual e o respeito que tenho por mim. Que nada nessa vida me desestruture a ponto de me perder, que toda dor tenha seu ponto de partida e que, independente de ter alguém, eu saiba ser feliz sozinha. Tim tim!
Lu Rosário
Jornalista. Baiana. Leonina. Feminista preta. Apaixonada por tudo o que diz respeito a sexo e sexualidade. Palavras e fotografias são suas taras.
Um comentário
Joyslan
Foto tão divertida… trazendo certo alívio onde até há dor. ☺️😌
Que seus brindes sempre sejam fortes, cheios de sabor… e, com a sorte do destino, ao lado de quem lhe retribua tanto amor! 🙏🏼❤️
(juro que a rima não foi intencional) 😅