Sem Tabus

Lá vem mais 365 chances!

Lá vem mais um ano sambando em nossa cara, rindo com a gente e mostrando que está conosco para o que der e vier. Ele vem saracoteando, feliz, louco e deixando pra trás um ano difícil e histórico. 2016 foi daqueles que pisaram e nos evidenciaram quando o assunto foi política, que nos deu um banho de água fria com toda a crise econômica, que nos fez sorrir com amigos, sonhar e acreditar que as coisas iriam mudar. Em seu término, quase todo mundo correu atrás de uma cor: amarelo. Ou vermelho para novas paixões. Ou azul e branco pela tranquilidade e paz. As superstições nos fizeram mais fortes.

Um novo ano, então, acabou de se descortinar. Os plannersbullet journal viraram tendências. Estamos todos querendo nos organizar e transformar o caos em exatidão. Manter a pressa sem perder a linha. Ficar esbelta nas tarefas diárias e der mil e uma sem perder a compostura. Assim, também estamos cada vez mais atarefados, mais corridos, mais com cara de trilha sonora em ritmo pop, sertanejo ou rock? Não sei, cada um com sua trilha sonora em particular. E, nessa correria toda, estamos cada vez mais amando virtualmente e nos abraçando menos. Pele a pele passou a ser coisa do passado e, quando existe, nem sempre tem a tonalidade requerida.

Neste 2017, a gente precisa jogar na cara dele que as rédeas somos nossas. Temos que desacelerar a canção que nos embala e tomar as atitudes que, em outros momentos, enrolávamos para tomar. Temos que aproveitar a oportunidade do dia primeiro para traçar metas pro ano inteiro e de janeiro a janeiro sermos mais que um nome e sobrenome com sorriso estampado na cara. Queremos reconhecimento.

O 2016 do Pudor Nenhum passou por todos os ritmos, teve encontros de leitores, teve premiação, teve visita de maranhense linda e despudorada, teve planos, teve desejo, teve possibilidades, teve parcerias e grandes amizades. O 2017 promete muito mais. Já estou colocando tudo no papel e seguindo a tendência para me organizar.

Este ano novo, à nossa frente, precisa ser mais, precisa ser mar, precisa ser olhar, precisa ser falar, encontrar, cheirar, beijar, transar. Que 2017 nos tempestue e nos faça confirmar o quanto somos tudo o que queremos quando realmente vamos atrás.

Jornalista. Baiana. Leonina. Feminista preta. Apaixonada por tudo o que diz respeito a sexo e sexualidade. Palavras e fotografias são suas taras.

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